Textos de Rogério Santos, com reflexões e atualidade sobre indústrias culturais (imprensa, rádio, televisão, internet, cinema, videojogos, música, livros, centros comerciais) e criativas (museus, exposições, teatro, espetáculos). Na blogosfera desde 2002.
quarta-feira, 29 de outubro de 2008
TIRAGENS DE JORNAIS
Retiro da newsletter Meios & Publicidade de hoje dados referentes à circulação de jornais no trimestre passado, a partir de dados da APCT (Associação Portuguesa de Controlo de Tiragens).
Da leitura dessa informação, fiz o seguinte quadro, que mostra um crescimento do Correio da Manhã e uma quebra do Público. No conjunto dos jornais diários houve um acréscimo de 25 mil exemplares vendidos por dia, em média.
No campo dos semanários e das revistas semanais, o Expresso vende 120811 exemplares de média, o Sol 40912 exemplares e Visão 104599. O sector dos semanários parece estável, enquanto o segmento dos diários de economia cresceu 9,74%.
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2 comentários:
Caro Rogério
Já é habitual, no dia seguinte à publicação dos dados da APCT, os jornais analisarem os números à medida das (suas) conveniências. Por vezes, reconheço, o exercício de comparação do que é publicado é absurdo. Mas enfim. Por isso mesmo, a informação factual e fria dos números que publica no Indústrias é tão importante. Os leitores interessados em media que tirem as suas conclusões. No entanto, em nome do rigor, permito-me enviar-lhe uma correcção e uma explicação.
1) O que os números revelam são as vendas e não as tiragens. Cada uma depende da outra, é verdade, mas são coisas diferentes. A tiragem é o número de exemplares que cada publicação imprime, com base na expectativa de vendas em banca, venda em bloco, assinaturas, ofertas e já sabendo que tem uma percentagem de sobras.
2) Os números que apresenta referem-se à cirulação em banca. Este esclarecimento é importante porque a APCT revela, além destes, outros dados, como por exemplo a CIRCULAÇÃO TOTAL, que contempla venda directa em banca, venda em bloco (acordos com empresas), venda por assinatura, etc. Também aqui, cada jornal faz as suas análises na medida em que os resultados forem mais vantajosos para si.
Um abraço
PS - Sugiro-lhe que na próxima vaga de vendas da APCT mantenha o quadro deste bimestre. Assim, os seus leitores podem perceber a evolução das vendas das publicações auditadas. E já agora, publique também os períodos homólogos. Em estatística, é a única comparação intelectualmente honesta que pode ser feita.
Caro Nuno,
Obrigado pelo comentário no blogue.
O que escrevi foi a partir do Meios & Publicidade, antes de sair de casa e comprar jornais (uma página inteira no DN, metade de uma coluna no Público). Tinha uma leitura parcelar (e a notícia não estava muito bem redigida, o que me levou a incorrer no erro que apontou)
Claro que me regozijo com o aumento de tiragens e vendas. Mas, acima de tudo, tenho pena que os jornais em papel estejam a baixar no conjunto. Eu sou leitor de jornais e temo pelo futuro, pois os outros meios ainda não o substituem.
Claro que a comparação com períodos homólogos é fundamental. Fiz isso com a rádio – e a leitura é mais precisa.
Mais uma vez, obrigado pelo comentário.
Um abraço,
Rogério Santos
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