O Simpósio 200 Anos de História da Mídia do Nordeste decorre de hoje a sexta-feira no Teatro do Centro Cultural Dragão do Mar, em Fortaleza (ver programa no jornal online O Povo).
Memória, história e media; Imprensa e práticas de poder; Os regimes de excepção e o exercício do jornalismo; Publicidade como espaço de memória e história; Estudos sobre a história dos media no país; A rádio e o quotidiano das cidades; Biografias: entre o jornalismo e a história; Televisão, memória e história; O cinema e a invenção do Nordeste; e conferência de Peter Burke (Universidade de Cambridge) Jornalismo na História - eis as coordenadas principais do encontro. Peter Burke, em entrevista ao jornal O Povo - que eu aconselho a ler na totalidade -, diria, entre muitas outras coisas, que
- Se deixarmos os aspectos técnicos de lado, provavelmente é melhor não nos concentrar no processo de industrialização de forma isolada, mas olhar para as mudanças ao longo dos últimos 200 anos. Nesse caso, o que imediatamente nos vem à cabeça é o processo que, se quisermos, podemos chamar de "democratização", mas, se preferirmos, chamamos de "popularização". Por exemplo, jornais de baixo custo foram comprados e lidos amplamente por membros das classes trabalhadoras dos Estados Unidos e em alguns países da Europa do final do século XIX em diante. Mas esses jornais não eram simplesmente mais baratos, eles também foram remodelados para atender aos apelos de um público mais vasto, adotando um estilo muitas vezes descrito como "sensacionalista". Havia mais fotos, mais carga dramática nas manchetes, notícias mais curtas, menos temas políticos e mais notícias de "interesse humano".
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