Textos de Rogério Santos, com reflexões e atualidade sobre indústrias culturais (imprensa, rádio, televisão, internet, cinema, videojogos, música, livros, centros comerciais) e criativas (museus, exposições, teatro, espetáculos). Na blogosfera desde 2002.
quarta-feira, 5 de novembro de 2008
OBAMA VERSUS MCCAIN
Acompanhei, até ao começo da madrugada, como alguns canais de cabo apresentaram as eleições nos Estados Unidos. No sítio onde estou, vi a TVE (Espanha), a TV5 (França), a CNN e a Global News (Brasil).
Destacou-se uma, a americana. Mais activa, mais colorida - parecia o ambiente de festa de um comício. Usaram-se ecrãs touchscreen, os jornalistas e apresentadores tinham grande empatia e objectividade, sem tempo a perder, mudando com frequência de âncora.
O canal brasileiro recorreu nomeadamente a anteriores ministros dos negócios estrangeiros e a dois jornalistas destacados em Nova Iorque. O canal espanhol foi muito equilibrado, com uma jornalista a fazer perguntas a um painel e a constantes ligações aos Estados Unidos, onde um jornalista acompanhava as contagens. O canal francês não o vi tão de perto, mas tinha um dispositivo próximo do espanhol.
As eleições americanas despertaram (despertam) muito interesse, caso da TVE que prolongou o seu especial pela noite dentro (acompanhei até às três horas de Espanha). Das palavras mais salientes, destaco a de mudança. Também anotei a palavra alerta - algumas promessas do candidato agora vencedor podem não se efectuar tão cedo, atendendo à situação financeira mundial e empresarial (fusão de bancos no Brasil, apoio a bancos na Tailândia, nacionalização de um banco em Portugal).
Com as eleições americanas acaba um ciclo político naquele país. W, o filme de Oliver Stone, não podia ser mais actual na radiografia do legado de Bush Júnior. Como ilustra o filme, W quis agradar ao pai, que o repelia constantemente, vendo-o como a ovelha ranhosa da família, desajeitado, ignorante e belicoso. No filme, Bush Sénior aparece constantemente a aconselhar o filho a mudar de rota ou a querer evitar o seu contacto, devido à desastrosa e contínua política seguida por Júnior.
Além do filme, a história irá apreciar a governação deste presidente tão imprudente e impopular. Um jornal, um destes dias, comentava que também a cultura pop o irá julgar. Pelo tema, espero retomar ao assunto proximamente.
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1 comentário:
não tens mesmo opiniões, rogério. e a tua escrita não tem sal nenhum... a maneira como falas de assuntos interessantes torna-os enfadonhos, é terrível. e cheiras mal ainda por cima. rua! vai-te! xô!
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