A rua da Galeria de Paris (freguesia da Vitória, Porto) foi aberta em 1903, no quarteirão anteriormente ocupado pelo convento das Carmelitas (a partir da Wikipedia). A ideia original era construir uma cobertura envidraçada, de modo semelhante às galerias parisienses. Por isso, o nome. Sempre me lembro dos grandes armazéns na rua, de que se conservam ainda poucos exemplares, como o de Marques Soares. Ainda conforme o texto da Wikipedia, o armazém Fernandes, Mattos & C.ª é uma casa de tecidos fundada em 1886 (este e outro armazém de tecidos podem espreitar-se nas duas últimas imagens). Devido a ser construído no começo do século XX, os edifício têm uma forte influência da Arte Nova, caso do número 28.
Mais recentemente (2007), abriu a Casa do Livro, bar criado numa antiga livraria, seguido do Café au Lait, com saladas, quiches e chás durante o dia e música recriada por dee-jays à noite. Ainda há menos tempo, surgiram o Galeria de Paris (nas duas imagens acima) e o La Bohème, este com uma atmosfera retro, ainda segundo o texto da Wikipedia.
Raquel Pinheiro, do Público, escreveria sobre o Galeria de Paris, lembrando-se do Deux Moulins, o café do filme O Fabuloso Destino de Amélie Poulain. A mim, não me parece, mas é agradável a semelhança, porque lembra conceitos de cafés, onde se dão encontros e se estabelecem diálogos. A jornalista lembra o anterior negócio do armazém, pertença dos tecidos de Tito Cunha (recordo-me da publicidade aos armazéns muitos anos atrás nas rádios da cidade). Agora, Laïs Costa e José Albuquerque, os proprietários do espaço de encontro e lazer, decoraram o local com estantes cheias de colecções como jogos, máquinas de filmar, vidros de farmácia, brinquedos, peças de cerâmica (sigo o artigo do jornal).
A ideia, recolhida dos textos lidos, é criar naquela e ruas adjacentes um espaço de movida como o do Bairro Alto em Lisboa. Boa sorte, Porto.
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