
Entretanto, a divisão de animação da Disney agonizava, de que dei conta neste blogue mais de uma vez, e os seus patrões decidiram trazer a Pixar para o seu interior, incluindo Lasseter, compra que custou 7,7 mil milhões de dólares. Corria o ano de 2006; mais tarde, em 2008, a revista Newsweek colocava Lasseter entre os mais influentes do mundo, à frente de Oprah Winfrey e o Dalai Lama. Wall-E seria nomeado o melhor filme pela Associação de Críticos de Cinema de Los Angeles e ganhou, há uma semana, um Globo de Ouro.
Criaram-se muitas expectativas para o nono filme, exactamente Bolt, em três dimensões, que exige a sua visão com óculos especiais. Sucesso da passagem de ano para 2009, os seus produtores esperam encaixar mais de mil milhões de dólares com a sua exibição no cinema e nas outras janelas (vídeo, televisão). Bolt é o segundo filme em três dimensões da Pixar (o primeiro foi Up), preparando-se agora a Pixar para passar para esse formato os principais clássicos da Disney.
O espaço onde habitualmente trabalha Lasseter está animado com imagens de comboios, carros, aviões e barcos do arquivo de Disney, incluindo o pequeno carro azul de 1952 que inspirou Cars. Qualidade é a palavra que Lasseter gosta de usar. E também maravilha - pois cada filme lançado impressiona-nos mais do que o anterior. Uma característica que distingue Disney de Lasseter: aquele dava vida a animais e princesas, este pega em objectos habitualmente inanimados, como um automóvel ou um pequeno computador, e anima-o com sentimentos e vontade. Se quisermos, a Pixar trouxe à Disney uma nova época de ouro, igualmente assente na animação mas com recurso a tecnologias mais poderosas como o computador.
John Lasseter tem 52 anos e é pai de cinco filhos.
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