No sábado passado, o jornal Expresso noticiava que a ZON ganhara o concurso para o quinto canal, em texto assinado por Rosa Pedroso Lima, e que eu fiz eco aqui.
Afinal, a notícia era falsa. Os jornais de ontem davam conta do surgimento de um novo candidato. Os títulos dos jornais que li foram: "Projecto concorrente ao da Zon surge de surpresa para o quinto canal de televisão" (Público), Canal Telecinco mais caro que o rejeitado de Rangel" (Diário de Notícias).
O titulo da notícia do Expresso de hoje, curiosamente não assinado, é: "ZON encolhe-se, Telecinco à grande". Nada indica quanto à notícia da semana passada, como se o esquecimento tivesse atingido todos os leitores, e indica o factor surpresa quanto ao aparecimento do concorrente, sobre quem se sabe pouco excepto dois membros da proposta, os jornalistas Carlos Pinto Coelho e David Borges, além da filha de Emídio Rangel, com este último presente na organização da proposta da ZON até ao seu afastamento nos últimos dias (não deixa de ser estranho um homem estar a trabalhar numa proposta e uma sua parente numa proposta concorrente; não sabiam da proposta um do outro?).
Quando lera a notícia de há oito dias, reflectira no alcance da informação. Se a ERC ia decidir sexta-feira dia 23, a informação chegara antecipadamente ao jornal sob duas formas: embargo (informação conhecida mas só publicitada numa data combinada) ou fuga de informação (da ERC). Lidas as notícias de ontem e de hoje, há só uma conclusão: o jornal não sabia e escreveu o que se chama de "furo" jornalístico mas não o era efectivamente.
Ora, isso não é bom para o jornalismo sério. Nem haver assinatura na peça de hoje nem qualquer alusão ao erro da notícia da semana passada. O Expresso é um jornal a que me habituara a ler, acreditando no que publicava.
1 comentário:
Por vezes, há jornalistas que fazem o jeito ao Patrão...
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