Textos de Rogério Santos, com reflexões e atualidade sobre indústrias culturais (imprensa, rádio, televisão, internet, cinema, videojogos, música, livros, centros comerciais) e criativas (museus, exposições, teatro, espetáculos). Na blogosfera desde 2002.
sábado, 3 de janeiro de 2009
PORTO, PRAÇA DA REPÚBLICA
Durante anos, na minha adolescência inicial, o jardim da Praça da República, no Porto, parecia-me um espaço urbano ligado à natureza maior que qualquer outro. O condutor do eléctrico, quando parava no final da linha, gritava "Cáááuuumpu" (do nome original: Campo de Santo Ovídio). Os anos encarregaram-se de estabelecer comparações e diminuir muito a dimensão e afastar a acentuação da palavra. Reparo agora no casario a leste: casas de dois a cinco andares e frente reduzida, como se fossem legos facilmente desmontáveis. Nos dias de Verão, as pessoas mais idosas sentam-se nos bancos do jardim, a conversar ou a ver o movimento, enquanto escassas crianças correm. Não me lembro de ver homens a jogar cartas.
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