Textos de Rogério Santos, com reflexões e atualidade sobre indústrias culturais (imprensa, rádio, televisão, internet, cinema, videojogos, música, livros, centros comerciais) e criativas (museus, exposições, teatro, espetáculos). Na blogosfera desde 2002.
segunda-feira, 5 de janeiro de 2009
PORTO, RUA DO PARAÍSO
A Padaria Flôr do Paraíso emoldura a capa do livro de Zilda Cardoso A Rua do Paraíso, que eu comentei aqui.
Numa espécie de eterno retorno, voltei à rua e fotografei a fachada da padaria. Comparada com a fotografia da capa do livro, a minha é mais triste: persianas fechadas, ausência do reflexo do sol, feia caixilharia da loja, cores mais baças. Possivelmente o mesmo acontece com a rua - esta pareceu-me desolada, sem comércio local visível. No livro de Zilda Cardoso, esse comércio local era forte, gerando pequenos empregos e com muito movimento de gente. Talvez houvesse vendedores ambulantes de azeitonas e de peixe de qualidade duvidosa, pregões de cautelas da lotaria, crianças a brincar e a correr na rua. Hoje, a rua acolhe automóveis, estacionados em lugares delimitados no chão por traços quadrangulares, e as compras fazem-se noutro sítio.
Zilda Cardoso escreve no blogue O Fio de Ariadne.
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