segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

PORTO, RUA DO PARAÍSO


A Padaria Flôr do Paraíso emoldura a capa do livro de Zilda Cardoso A Rua do Paraíso, que eu comentei aqui.

Numa espécie de eterno retorno, voltei à rua e fotografei a fachada da padaria. Comparada com a fotografia da capa do livro, a minha é mais triste: persianas fechadas, ausência do reflexo do sol, feia caixilharia da loja, cores mais baças. Possivelmente o mesmo acontece com a rua - esta pareceu-me desolada, sem comércio local visível. No livro de Zilda Cardoso, esse comércio local era forte, gerando pequenos empregos e com muito movimento de gente. Talvez houvesse vendedores ambulantes de azeitonas e de peixe de qualidade duvidosa, pregões de cautelas da lotaria, crianças a brincar e a correr na rua. Hoje, a rua acolhe automóveis, estacionados em lugares delimitados no chão por traços quadrangulares, e as compras fazem-se noutro sítio.

Zilda Cardoso escreve no blogue O Fio de Ariadne.

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