A tendência actual dos media mostra que o negócio dos jornais em papel e de informação está a perder leitores. Há quem diga que os jornais pagos vão desaparecer.
Mas a questão é mais complexa, como se lê nos argumentos do jornal brasileiro Folha de São Paulo na edição de ontem. Afinal, os jornais pagos não estão perto do fim, como apregoam os blogues e outros meios online. O "movimento" a favor dos jornais em papel diz que o que está a chegar ao fim é o modelo do acesso gratuito às versões online dos jornais (americanos, e outros). O que vai acontecer será, com certeza, um pagamento dentro do modelo usado pela Apple na loja iTunes, em que cada música custa 99 cêntimos. Ou o pagamento de um serviço premium, com oferta de pacote gratuito básico. No modelo presente, se todos continuarem a não pagar, ninguém vai receber nada, porque não haverá dinheiro para continuar a produzir o noticiário. Um blogueiro não vai cobrir o Iraque ou outro sítio qualquer, porque não dispõe de dinheiro para a deslocação e a presença, por exemplo.
Observação: da última vez que fui a uma loja de electrodomésticos e produtos electrónicos de consumo reparei que os gira-discos voltaram às prateleiras. Pensava-se que o CD destronara o disco de vinil. Porque o regresso?
[obrigado ao "correspondente" do Indústrias em Brasília, Fernando Paulino, pela dica]
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