O Guardian de ontem (texto de Charlotte Higgins) questionava a continuidade da existência de entidades culturais devido a previsíveis cortes orçamentais devido à crise financeira instalada no mundo. O jornal estima que a baixa vem de 2007, com uma queda de 7% no ano passado. Alguns patrocinadores privados estão a retirar-se, dadas as dificuldades empresariais. O investimento privado no Reino Unido para a cultura é de 686,7 milhões de libras, enquanto o DCMS (Department of Culture, Media and Sports) planeia investir 437,6 milhões para o período de 2010 e 2011.
Os Estados Unidos e o Reino Unido têm problemas distintos, e diferentes possivelmente da Europa continental e do resto do mundo. Nos Estados Unidos, em que o apoio estatatal é mínimo, é possível que dez mil organizações culturais soçobrem durante 2009, estima a organização sem fins lucrativos Americans for the Arts. Os donativos provêm de empresas actualmente a braços com problemas de liquidez para os seus próprios negócios. No Reino Unido, a juntar à crise financeira veio a queda da cotação da libra, cerca de 30% relativamente ao dólar e 25% ao euro. Isto traz um fraqueza e uma oportunidade. Os que importam trabalho ou serviços fora do país pagam mais, o que já obrigou ao cancelamento de compromissos, como o San Francisco Ballet e exposições em galerias e centros de arte; os que produzem localmente, caso de Londres, ganham pois têm mais visitantes ou espectadores, dado que o preço baixou por comparação com o euro e o dólar.
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