Textos de Rogério Santos, com reflexões e atualidade sobre indústrias culturais (imprensa, rádio, televisão, internet, cinema, videojogos, música, livros, centros comerciais) e criativas (museus, exposições, teatro, espetáculos). Na blogosfera desde 2002.
domingo, 14 de junho de 2009
CAÇADEIRAS
Histórias de Caçadeira é um filme de Jeff Nichols, com Michael Shannon, Douglas Ligon e Barlow Jacobs.
A história é simples: dois ramos de uma mesma família (filhos do mesmo pai mas de duas mães diferentes) odeiam-se e empreendem uma luta violenta que começa no funeral do pai e acaba na morte de um irmão em cada ramo. A história passa-se no Arkansas, em terras de produção de algodão.
O movimento do filme é lento com igual sentido em termos de tensão. A fotografia e a música do filme acompanham esse dispositivo. Parece que nada se passa naqueles sítios, mas acompanhamos o pensamento, as dificuldades, os sentimentos das personagens. A história tem um núcleo reduzido de personagens, aliás centra-se num dos ramos da família, o mais problemático, com questões de jogo, desemprego, instabilidade psicológica. Nesse sentido, o filme é tendencioso, mas os espectadores devem gostar mais deste ramo "sujo" do que do ramo "limpo" da família. O primeiro ramo da família trata-se, entre si, de modo peculiar: Filho, Rapaz e Criança, dando conta da graduação em termos de idade. Para além dos dois núcleos de família desavindos, há um outro elemento, um rapaz chamado Shampoo, uma espécie de alcoviteiro que vai informando o ramo "sujo" do que o outro ramo planeia fazer ou já fez. Este é o elemento que traz dinâmica à história, pois as suas curtas intervenções levam a atitudes de confronto com o outro ramo.
Para mais informações, ver Ípsilon (Público), com texto de Vasco Câmara e trailer.
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