domingo, 28 de junho de 2009

VERTIGENS

Vertigens 2.9, texto de Sergi Belbel, é a peça em apresentação no Palco Oriental e "promove um jogo duplo, onde os personagens procuram manipular uns aos outros, ao mesmo tempo que deixam cair a máscara social, revelando vertiginosamente aquilo que são".

Sergi Belbel é um dos mais conceituados autores do teatro espanhol contemporâneo, nascido em 1963. A peça Vertigens (Depois da Chuva no original) retrata paixões, desencontros, tristezas e alegrias. Estas expressam-se num espaço próprio, o terraço de um edifício de quase cinquenta andares, local para fumar um cigarro proibido e em que as oito personagens podem sentir vertigens olhando para a rua: o chefe em processo de divórcio, a sua secretária loira e burra, o informático que perde a mulher mas ganha a atenção das suas colegas, a chefe implacável, a secretária lunática, o expedidor apaixonado pela secretária que tem teorias para explicar todos os acontecimentos do mundo.

O conjunto de três actores e cinco actrizes (Ana Domingos, Daniela Oliveira, Madalena Vaz Pinto, Marta Amado, Pedro Caseiro, Ricardo Sá e Rui Dionísio) envolve-se com muito empenho e emoção ao longo da peça, com dramaturgia e encenação de Pedro Barão, numa sala com algum desconforto a nível das cadeiras. Criação de In Impetus, "instituição que tem como objectivo intervir culturalmente no espaço urbano, de forma a criar novos públicos para o teatro, tanto ao nível dos espectadores como dos próprios intervenientes na criação de espectáculos".

O Palco Oriental funciona há cerca de trinta anos na antiga fábrica de velas do Beato. Pode perder em breve a sua função actual ao regressar à Igreja Católica, proprietária do edifício.



Ver uma interpretação da peça pela Compagnie du Jour, encenada por Henri Thomas, aqui.

1 comentário:

Marta disse...

Bom dia Professor Rogério Santos, agradecemos o artigo que publicou aqui sobre a nossa peça.
O teatro é uma paixão para todos nós, à qual nos dedicamos com garra e sempre na esperança de podermos contagiar com esta alegria e vivacidade o maior número de pessoas.
O processo de criação desta peça significa, por um lado, vários meses de trabalho, e por outro o renascer da Companhia de Teatro da In Impetus.
Ficamos muito contentes por ter ido ver a peça.
Um grande beijinho,
Marta Amado.