sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

CAPAS DA VOGUE

Paris Vogue Covers 1920-2009 é um livro-álbum de Sonia Rachline editado pela Thames & Hudson em 2009, traduzido do francês por Ruth Sharman. Sonia Rachline escreve sobre a Vogue francesa há mais de 25 anos e entre outros livros publicou Vogue à la Mer e Vogue en Beauté.

O presente livro, com 122 ilustrações coloridas e 208 páginas abrangendo os 90 anos de vida da revista, tem capítulos versando os seguintes temas: ilustrações famosas; estúdio, teatro e moda; modelos e supermodelos; chapéus; jóias de Natal; Paris; star system; grandes cartazes; e moda e espectáculo. A revista americana iniciou a sua actividade em 1909, quando Condé Nast, um aficcionado dos media e da imprensa, comprou uma publicação falida, dirigida a mulheres de classe alta de Nova Iorque, mas com pouco dinheiro e leitoras. A estratégia de desenvolvimento de Nast foi centrar a Vogue mais no mercado e menos nas audiências de massa, procurando a qualidade e não a quantidade. Dirigiu-se ao público de rendimentos mais elevados através de campanhas sedutoras de publicidade.

Na introdução, escreve a autora que a capa de uma revista tem um estatuto distinto do resto da publicação. Ao contrário das outras páginas, continua Sonia Rachline, a capa é um trabalho colectivo que inclui ilustrador, designer gráfico, fotógrafo, modelo, editor ou ainda outro tipo de colaborador. Mas apenas a publicação tem os direitos de autor.

A Vogue tornar-se-ia uma espécie de íman, com capas feitas por ilustradores e fotógrafos famosos, tendências que transferiu para a edição francesa, saída em 1920 e agora em análise por Sonia Rachline. Ao longo de décadas, as capas reflectiram de muito perto as principais correntes artísticas, em termos de alta costura e estilos de vida, e ícones de uma sociedade específica. Já em finais da década de 1940, a revista adaptou-se a uma nova época (pós-Segunda Guerra Mundial), mas as capas mantiveram os valores e a estética que são a sua imagem de marca, mostrando a sociedade de consumo e o pronto-a-vestir da década de 1950, a emancipação  da mulher na década seguinte, a emergência de moda internacional nos anos de 1980, o culto das celebridades na década de 1990.

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