Textos de Rogério Santos, com reflexões e atualidade sobre indústrias culturais (imprensa, rádio, televisão, internet, cinema, videojogos, música, livros, centros comerciais) e criativas (museus, exposições, teatro, espetáculos). Na blogosfera desde 2002.
sexta-feira, 19 de março de 2010
MICHAEL SCHUDSON E O FUTURO DO JORNALISMO
Na conferência realizada hoje de manhã, Michael Schudson falou de cinco desafios colocados ao jornalismo na actualidade, que fazem desaparecer barreiras anteriores. Assim, em primeiro lugar, indicou a indistinção entre escritor e leitor, entre jornalista e leitor. Qualquer leitor pode escrever, como nos blogues. Em segundo lugar, perde-se a diferença de géneros, com a análise a encontrar-se com o comentário e a interpretação. Como terceiro foco, Schudson falou da indiferença crescente entre profissional e amador. Estamos numa cultura pro-am, em que os conhecimentos do amador são tão consideráveis como os do profissional. Em quarto lugar, o sociólogo e historiador do jornalismo reflectiu na perda de importância distintiva entre empresa lucrativa e não lucrativa, ou, por outras palavras, entre Estado e empresas privadas no tocante a apoios (falou da rádio pública americana e nos apoios do Estado aos media tradicionais, algo impensável há 20 anos). Finalmente, há uma perda de distinção entre a redacção (notícias) e a empresa comercial (publicidade).
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