Manuel Castells (2002: 496) indica que tem havido uma concentração espacial de actividades como finanças, seguros, consultadorias, marketing, segurança, recolha de informação, investigação e desenvolvimento, em certos centros nodais de alguns países. Ele identifica cidades como Nova Iorque, Tóquio e Londres nas áreas das finanças e consultadoria, Chicago e Singapura em segmentos específicos de comércio, Hong Kong, Osaka, Frankfurt, Zurique, Paris, Los Angeles, São Francisco, Amsterdão e Milão como centros financeiros e serviços empresariais, e Madrid, São Paulo, Moscovo e outras cidades enquanto "mercados emergentes".
As cidades, e os seus bairros comerciais, são complexos de produção de valor baseada na informação (Castells, 2002: 503), onde as sedes das empresas e os serviços financeiros avançados encontram fornecedores e mão-de-obra especializada e qualificada, não os incorporando nas suas estruturas mas recorrendo a eles sempre que necessário. A isso chama flexibilidade e adaptabilidade. No mesmo texto, insiste em considerar que as novas actividades concentram-se em pólos específicos (Castells, 2002: 498), dando origem ao fenómenos da cidade global, onde se ligam serviços avançados, centros produtores e mercados numa rede global de intensidade diferente e com escalas diferentes. E salienta que, dentro de cada país, a arquitectura da formação de redes reproduz-se em centros locais e regionais.
Os principais centros metropolitanos, conclui, oferecem as melhores oportunidades e auto-satisfação: boas escolas para os filhos dos profissionais liberais, e adesão simbólica ao grande consumo, onde se incluem a arte e o entretenimento.
Leitura: Manuel Castells (2002). A sociedade em rede, vol. 1. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian
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