Na 4ª conferência da Global Communication Association, a manhã de hoje envolveu um conjunto de conferencistas próximos de Yahya R. Kamalipour, professor da universidade de Calumet (Estados Unidos) e fundador e dirigente da Global Communication Association. Tahered Ebrahimini Far (Universidade de Teerão) falou do diálogo de civilizações e da necessidade de interacção regional e internacional e Ali Omidi (Universidade de Isfahan) precisou a importância da internet no Irão (10 milhões numa população de 70 milhões acedem à internet), embora referisse o falhanço do novo meio na mudança de opinião. Se estes dois académicos empregaram termos filosóficos e abstractos na definição das questões políticas, notando-se uma crítica implícita ao regime de Teerão em torno dos conceitos de isolamento e da liberdade de pensamento, já Ali Akbar Abdolrashidi foi directo no questionamento dos valores do Ocidente. Jornalista com mais de 40 anos de actividade, que conheceu Portugal nas eleições presidenciais que deram a vitória de Mário Soares na sua disputa com Freitas do Amaral, tem trabalhado no Reino Unido como correspondente da rádio oficial do Irão, criticando aspectos da história da BBC.
O grupo numeroso de americanos presentes na conferência não contestou qualquer posição assumida pelos iranianos. É evidente a compreensão existente sobre a partilha de opiniões distintas. A universidade de acolhimento, João Paulo II, e o local, o santuário da Divina Misericórdia, em Lagiewniki, em Kraków, são espaços defensores do diálogo, da interculturalidade e dos valores humanos.
David Burns, da universidade americana de Salisbury, falou da importância da Igreja Católica na Polónia no período de 1991 a 2003. Eu próprio apresentei uma comunicação sobre um inquérito feito o ano passado sobre a recepção dos jornais pertencentes à Associação de Imprensa Cristã em Portugal.
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