O método preferido da antropologia é a etnografia, apta para uma interpretação cultural. Os antropólogos produziram boas etnografias dos jornalistas, baseadas nas rotinas diárias do fazer as notícias [newsmaking]: americanos, como Tuchman (1978), Gans (1979), Fishman (1980); ingleses, como Schlesinger (1991) e Born (2005). Eles examinaram a noção de notícia em contextos culturais distintos e examinaram as estratégias pelas quais as notícias se definem, criam e disseminam.
Como escreveu Zelizer (2004: 176): o inquérito cultural assume que os jornalistas empregam o conhecimento colectivo, mesmo táctico, para se tornarem membros do grupo e manterem-se membros ao longo do tempo. É a ideia de comunidade interpretativa. Bird nomeia o novo campo de antropologia da notícia e do jornalismo e parte do princípio que vivemos num mundo mediado, em que muito do que as culturas “sabem” resulta do conhecimento produzido pelos media.
No livro organizado por Bird, há textos importantes como os de Karin Wahl-Jorgensen (News production, ethnography, and power), Zeinep Devrim Gürsel (U.S. Newsworld: the rule of text and everyday practices of editing the world), Dorle Dracklé (Gossip and resistance: local news media in transition: a case study from the Alentejo, Portugal), Dominic Boyer (Making (sense of) news in the era of digital information).
Leitura: S. Elizabeth Bird (2010). The anthropology of news. Global perspectives. Bloomington, IN: Indiana University Press
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