Morreu hoje o jornalista, locutor e actor Artur Agostinho, ligado à rádio, à televisão, ao desporto e ao futebol em particular (Público) enquanto relatador. Tinha 90 anos.
[actualizado às 19:50 com base nas notícias publicadas nas páginas online de Público e Diário de Notícias]
Artur Agostinho fez o percurso profissional na rádio, primeiro como locutor amador, em 1938 na Rádio Luso, tendo passado também pela Voz de Lisboa, Clube Radiofónico de Portugal, Rádio Peninsular e Rádio Clube Português. Com 25 anos, entrou na Emissora Nacional (1945). Foi figura marcante do jornalismo desportivo radiofónico, caso de relatos de jogos de futebol e reportagens da Volta a Portugal em bicicleta. No período após 1974, esteve seis anos no Brasil, dos quais dois anos na Rádio Globo, e fundou o jornal Portugal Esportivo. Escreveu dois livros, entre eles, Português sem Portugal (1977). Entre 1980 e 1983, fez parte do departamento desportivo da Rádio Renascença.
Como jornalista, colaborou nos jornais A Bola, O País, Tribuna, Norte Desportivo, Mundo Português. Dirigiu também o diário desportivo Record (1963-1974), e o jornal do Sporting.
A sua actividade estendeu-se ao cinema e à televisão. Participou em filmes como Capas Negras (1947), O Leão da Estrela (1947), Cantiga da Rua (1949), Sonhar É Fácil (1951), Dois Dias no Paraíso (1957), O Tarzan do 5.º Esquerdo (1958) e Encontro com a Vida (1960). Perfeito Coração (2009), realizado por Patrícia Sequeira, seria o último filme em que participou. Na televisão, participou em séries e telenovelas, como Ana e os Sete e Casa da Saudade.
Em Dezembro de 2010, foi condecorado pelo Presidente da República com a Comenda da Ordem Militar de Sant’Iago da Espada. Também em 2010 recebeu o Globo de Ouro SIC/Caras de Mérito e Excelência.
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