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Livre circulação é o título da exposição no Centro de Arte Manuel de Brito em Algés, a partir da colecção da Fundação Serralves (Porto), com obras de artistas fundamentais das últimas quatro décadas. Do desdobrável que acompanha a exposição, retiro as seguintes ideias: "O conceito de circulação, com a sua inerente mobilidade de pontos de vista e de referências por parte do espectador, é explorado a partir de obras que utilizarão sobretudo a escultura, a pintura, o desenho e o vídeo como suporte". Autores como Fernando Calhau, José Pedro Croft, Julião Sarmento, Júlio Pomar, Manuel Baptista, Nikias Skapinakis, Pedro Cabrita Reis, René Bertholo e Rui Chafes expõem obras suas. As que mais me comoveram foram as de Ângelo de Sousa e Álvaro Lapa, desaparecidos nos últimos anos. Relevo ainda mais as obras de Lapa, recordando os tempos em que ele ensinava Estética na Escola de Belas Artes do Porto e eu exercia igual ofício na Árvore, na ida década de 1980. Eu teorizava mal e não praticava, ele teorizava e publicava e pintava. É uma memória à qual gosto de voltar, apesar de nunca me ter cruzado com ele e falado das questões que nos preocupavam.
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