Textos de Rogério Santos, com reflexões e atualidade sobre indústrias culturais (imprensa, rádio, televisão, internet, cinema, videojogos, música, livros, centros comerciais) e criativas (museus, exposições, teatro, espetáculos). Na blogosfera desde 2002.
quinta-feira, 18 de agosto de 2011
COMPETIÇÃO
Jogar às cartas é uma actividade frequente no espaço público com homens idosos e sem pouco ou nada para fazer. Certamente uma forma de convívio, ela denota pouca criatividade e movimento, podendo observar-se na Alameda D. Afonso Henriques (Lisboa) ou no Castelo do Queijo (Porto), numa só mesa ou em grande competição, em permanentes férias grandes. Por vezes, os homens levam caixotes de papelão abertos onde colocam as cartas e estão assim a tarde toda, até o sol desaparecer. Há os que jogam e os que observam, mirones esforçados por não tomarem partido e denunciarem a carta que o jogador vai mostrar como trunfo.
O que mais me impressiona é quando há uma reportagem na televisão sobre aumento do custo de vida ou doenças e o repórter entrevista um destes homens, conseguindo arrancar poucas frases convincentes para o objectivo jornalístico.
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