Textos de Rogério Santos, com reflexões e atualidade sobre indústrias culturais (imprensa, rádio, televisão, internet, cinema, videojogos, música, livros, centros comerciais) e criativas (museus, exposições, teatro, espetáculos). Na blogosfera desde 2002.
quarta-feira, 18 de janeiro de 2012
O Século cómico [1918-1919]
Apresentou-se em Lisboa, em 1913, como continuador de O Século: suplemento ilustrado (1898 – 1901; 1910-1912), mas com a promessa de cultivar uma “graça” menos politizada: “o seu fim principal será distrair, afastando preocupações incómodas” e oferecendo “o bom humor tão necessário nos tempos que vão correndo”, ontem como hoje. E o fantasiar do lápis e da pena marcaram, de facto, a natureza anódina do novo suplemento humorístico de O Século. Suavizando até o impacto noticioso da I Grande Guerra, como pode confirmar nos dois anos que a Hemeroteca Municipal de Lisboa colocou em linha, aqui, numa digitalização feita a partir de microfilme. Entre os novos heróis merece especial destaque “O Quim e o manecas”, criados por Stuart Carvalhaes. Além dele, encontramos desenhos de Amarelhe, Hipólito Collomb, Rocha Vieira, Jorge Barradas, João Valério, entre outros caricaturistas. Em 1918 e 1919 a direcção da publicação foi assumida por Acácio de Paiva, sendo editor Alexandre Certã. A redacção, administração e oficinas de impressão ficavam na Rua do Século, 48, no Bairro Alto. Custava na altura 20 reis (preço avulso). Devido à crise de papel, resultante da guerra, desde Julho de 1916 que O Século Cómico estava integrado na Ilustração Portuguesa, outra revista do grupo jornalístico O Século, propriedade de Silva Graça. Brevemente, a Hemeroteca disponibilizará os restantes anos desta folha humorística, que durou até 1921 [informação fornecida pela Hemeroteca Municipal de Lisboa].
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