Do segundo dia do congresso de História Contemporânea, na Reitoria da Universidade Nova de Lisboa, retive duas comunicações, uma de Nuno Pinheiro, sobre progresso, velocidade e fotografia, outra de Daniel Melo, sobre a editora Romano Torres. Para o primeiro, observa-se que as primeiras fotografias na época industrial são de índole bucólica, como se os fotógrafos portugueses quisessem imitar o pintor José Malhoa (1855-1933). Em Portugal, as fotografias industriais seriam escassas até à Primeira Guerra Mundial. Há uma rejeição ideológica à fábrica, ao operário, à indústria. O que se vê é mais a fotografia sobre o artesanato. Mas também imagens sobre o automóvel, as vias férreas e os comboios, na imprensa e tiradas por amadores.
Daniel Melo traçaria uma biografia de João Romano Torres (1855-1935), tipógrafo que se tornara editor e criou a editora em 1885 (terminada em 1980). A comunicação trabalharia as influências, o projeto, a duração, os temas e autores escolhidos, o posicionamento do mercado, o catálogo, a história da instituição e a relação entre edição popular e de massas. Walter Scott, Dumas pai e filho, Emilio Salgari, Charles Dickens, Emile Zola, Jane Austin, as irmãs Brontë (Emily e Charlotte) e Odette de Saint-Maurice seriam alguns dos autores editados pela Romano Torres.
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