Vítor Norte faz o papel de chefe de redacção e Sofia Sá da Bandeira de secretária da redacção, em A Noite, peça escrita por José Saramago. A acção passa-se na noite de 24 de Abril de 1974, horas antes da mudança de regime político em Portugal.
O palco reproduz uma sala de redacção. Ao centro, atrás da secretária de redacção, o responsável executivo do jornal corrige provas, fala com o censor, repreende o jornalista da oposição (Paulo Pires), controla os ímpetos do jornalista da direita política (Samuel Alves), com vontade explícita de ocupar o seu lugar. O director (António Durães), no canto direito do palco, é favorável ao regime mas quer mudar alguma coisa, não se sabe bem o quê. É um director à antiga, que escreve de forma elíptica, como se o leitor entendesse aquela prosa gongórica. A secção de desporto é a mais activa - Benfica para aqui, Benfica para ali. O contínuo (Filipe Crawford), de canadianas, espera uma revolução. Não política, mas clubística, pois quer que regressem as vitórias ao seu clube. O jornalista da secção (Fábio Alves) está entre o poder e a contestação e protege a estagiária. Além do jornalista contestatário, há ainda uma estagiária (Joana Santos) e um chefe da tipografia (Pedro Lima) radicais e que estão a desequilibrar a imagem de jornal conservador.
O jornal estava pronto a sair mas o boato da existência de tropas na rua abanou convicções, fez regressar à redacção o director, mostrou o chefe de redacção prisioneiro entre o que pensava a secretária e o seu colega mais à direita política e o resto da redacção e tipografia. Saía a edição com uma notícia sobre a marcha militar ou não se editava, à espera de uma maior clarificação do que estava a acontecer?
Saramago, depois de ter feito jornais, escreveu sobre eles. A Noite foi a sua primeira obra dramática, inicialmente encenada em Maio de 1979 pelo Grupo de Teatro de Campolide com encenação de Joaquim Benite e direcção musical de Carlos Paredes.
O palco reproduz uma sala de redacção. Ao centro, atrás da secretária de redacção, o responsável executivo do jornal corrige provas, fala com o censor, repreende o jornalista da oposição (Paulo Pires), controla os ímpetos do jornalista da direita política (Samuel Alves), com vontade explícita de ocupar o seu lugar. O director (António Durães), no canto direito do palco, é favorável ao regime mas quer mudar alguma coisa, não se sabe bem o quê. É um director à antiga, que escreve de forma elíptica, como se o leitor entendesse aquela prosa gongórica. A secção de desporto é a mais activa - Benfica para aqui, Benfica para ali. O contínuo (Filipe Crawford), de canadianas, espera uma revolução. Não política, mas clubística, pois quer que regressem as vitórias ao seu clube. O jornalista da secção (Fábio Alves) está entre o poder e a contestação e protege a estagiária. Além do jornalista contestatário, há ainda uma estagiária (Joana Santos) e um chefe da tipografia (Pedro Lima) radicais e que estão a desequilibrar a imagem de jornal conservador.
O jornal estava pronto a sair mas o boato da existência de tropas na rua abanou convicções, fez regressar à redacção o director, mostrou o chefe de redacção prisioneiro entre o que pensava a secretária e o seu colega mais à direita política e o resto da redacção e tipografia. Saía a edição com uma notícia sobre a marcha militar ou não se editava, à espera de uma maior clarificação do que estava a acontecer?
Saramago, depois de ter feito jornais, escreveu sobre eles. A Noite foi a sua primeira obra dramática, inicialmente encenada em Maio de 1979 pelo Grupo de Teatro de Campolide com encenação de Joaquim Benite e direcção musical de Carlos Paredes.
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