Ontem, na arguição de uma tese de mestrado na Universidade Nova de Lisboa sobre o humor no canal Q, eu comentava o impacto dos cartoons franceses e dinamarqueses sobre religião e a opinião negativa do presidente da Turquia sobre os cartoonistas. O candidato lembrava o modo como o humor é um escape nas ditaduras, ao que expressei as minhas dúvidas, apesar de referir os comentários surgidos nos espectáculos de teatro de revista nos anos do Estado Novo.
Estava longe de imaginar o quanto actual é a discussão sobre o humor e os cartoons como marcadores e formadores de opinião pública. Hoje, depois dos assassínios de Paris no jornal satírico Charlie Hebdo, eu (também) sou Charlie.
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