Hoje, ao final da tarde, no Museu da Farmácia (Lisboa), o livro de Gonçalo Pereira Rosa A Gripe e o Naufrágio. Como as Notícias Representam os Riscos foi apresentado por António Granado (Universidade Nova de Lisboa). A base é a tese de doutoramento defendida no ISCTE em 2013, então intitulada Os novos riscos nas notícias. A construção social do naufrágio do Prestige e da pandemia de gripe A. O livro procura "avaliar processos de construção do risco nas sociedades contemporâneas. Colocados perante problemas cuja complexidade e terminologia nem sempre dominam, os agentes sociais procuram integrar os riscos emergentes no seu quotidiano" (p. 13).
A obra agora lançada está dividida em cinco capítulos (Risco nas notícias, Projeto, Naufrágio do Prestige, Pandemia de gripe A, Conclusão). Aqui, fico pela análise aos subtítulos do índice, de onde retiro ideias e conceitos como uniformidade das vozes periciais, falhas de coesão entre especialistas, aceitação de interlocutores, semântica do pânico, conhecimento acumulado sobre a cobertura de acidentes, lições de uma pandemia, faces do acontecimento, imagem como metáfora da notícia, numeralização ou rotinização do acidente, responsabilização e gestão da comunicação, difícil assimilação da correção de expectativas. Por aqui, se vê a densidade do texto.
O autor combina a boa escrita (ele é jornalista e diretor da edição portuguesa da National Geographic) com o rigor do trabalho científico, o que torna imprescindível a leitura do livro. Anteriormente, publicou A Quercus nas notícias (2006) e Parem as Máquinas! (2015).
1 comentário:
Muito obrigado por esta amabilidade. Foi muito agradável vê-lo entre a assistência. Como disse então, este livro deve-lhe muito.
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