António Filipe Pimentel, diretor do Museu Nacional de Arte Antiga, disse hoje que pode ocorrer uma calamidade no museu muito proximamente: "quando acontecer, abre os telejornais" e "aquilo vai partir e vai partir em muito pouco tempo". O museu tem 82 salas abertas e 64 funcionários. A nova galeria de pintura e escultura portuguesa, inaugurada há pouco mais de um mês por Marcelo Rebelo de Sousa, só não fechou no dia seguinte pelo forte impacto político que teria.
O responsável do museu não especificou o problema mas o local onde o disse - na escola de quadros do CDS-PP, a decorrer até domingo - tem significado político considerável. O governo tem na mão um projeto-lei a aplicar ao museu, mas não parece querer avançar, ao passo que ele viu com muito gosto o programa do último governo PSD-CDS sobre autonomia e ampliação do museu.
Atualização: entretanto, o ministro Luís Castro Mendes, que se encontrou a semana passada com o diretor do museu em reunião normal de trabalho, achou estranhas as declarações deste e disse estar a avançar um processo que envolve diversas instituições culturais do país, mas não as precisou.
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