INTOLERÂNCIA
O que se passou hoje em Madrid, a setecentos quilómetros de Lisboa, é da maior intolerância. Nenhuma causa do mundo é ganha com crimes hediondos como o praticado esta manhã bem cedo. O 11-M ocorre exactamente dois anos e meio depois do 11-S, com a guerra do Iraque pelo meio. Recordo-me de, numa muito curta passagem por Nova Iorque, mês e meio depois dos atentados no World Trade Center, eu ter passado perto das torres destruídas de Manhattan. Ainda cheirava a queimado e saía fumo do solo esventrado. Centenas de pessoas passavam, junto dos gradeamentos que demarcavam a zona arrasada, em silêncio ou depositando flores. Por todo o lado, viam-se bandeiras americanas: nas casas, nos automóveis, nas lapelas dos casacos das pessoas. Senti uma enorme emoção, nesse momento.
A RETOMA DOS MEDIA
O Diário Económico dedica, na sua edição de hoje, três páginas aos media. O jornal considera que "a retoma do mercado publicitário e as melhores condições da economia justificam as novas operações de dispersão de capital". Paula Alexandra Cordeiro, nos seus artigos, aponta a próxima admissão da Media Capital à bolsa de valores Euronext Lisboa (Abril), o possível regresso da Investec (de Paulo Fernandes, empresa que detém as publicações Record, Correio da Manhã, Jornal de Negócios, Máxima e TV Guia, entre outras) e os ganhos da Impresa (de Pinto Balsemão, que já ganhou 15% este ano).
Interessante é a entrevista dada por Paes do Amaral, da Media Capital (depois da importante entrevista ao Expresso, no sábado). Por ela, fica-se a saber que o grupo poderá regressar ao mundo da imprensa. Talvez a Lusomundo, encara o homem forte da Media Capital. E destaca a questão da concentração, considerando que a Impresa e a Cofina já têm uma posição muito forte na imprensa. Uma das soluções passaria por a Lusomundo "vender os seus activos, e vários grupos comprarem. É uma hipótese que resolvia o problema da concentração". Sobre a rádio, refere apenas o desenvolvimento da rádio desporto. Também importante é a projecção que faz relativamente às receitas da empresa em 2004 - se entidades que estudam a evolução do mercado, como a Zenith Media e o Obercom, apontam para um crescimento de 6%, Paes do Amaral prevê um estímulo maior, devido ao Euro 2004 e à maior força da economia face a 2003.
Também de publicidade fala o dossier do Diário Económico. O crescimento previsto será num intervalo entre 5 e 8%. A retoma e o Euro 2004 são as duas forças motrizes desta evolução, segundo o presidente da agência Tempo OMD, Luís Mergulhão. Já em 2003, o mercado publicitário cresceu 3,6%. A televisão por cabo e os três canais generalistas foram os meios de maior aceleração.
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