quarta-feira, 7 de abril de 2004

DIÁRIO DE NOTÍCIAS COM NOVO EDITOR DE MEDIA

Miguel Gaspar será o novo editor da secção dos media no Diário de Notícias, num movimento mais amplo de alteração de editores. Trata-se de um regresso ao jornal do coração de Gaspar, ele que foi um dos jovens editores na transição do jornal estatizado para a nova fase de jornal privado, em 1992. Desejo os maiores sucessos ao Miguel Gaspar, mas espero que o cargo o não iniba de concluir a tese de mestrado na Universidade Nova de Lisboa.

REVISÃO DA LEI DA RÁDIO

No anúncio de página inteira que o actual governo fez publicar ontem, a propósito de dois anos de poder, faz-se alusão à revisão da lei da rádio. O que ainda não terá acontecido.

Contudo, o último número da revista MediaXXI apontava algumas alterações previstas, nomeadamente em políticas de incentivos às rádios locais, à flexibilidade de horários (com a redução de tempo de emissão) e ao apoio a sinergias de redacções de estações locais. Também no dia 1 de Abril, o weblog Jornal Rádio escrevia: “O que vai acontecer até ao Verão 2004. Um conjunto de rádios vão se unir para apostar num éter bem sólido! Uma rádio conhecida ressurgirá uma estação sua! Uma estação contra uma rede de estações! Uma nova lei da rádio que será bem escrita para algumas rádios! Uma rádio conhecida sufocada!”. Embora escrita em tom misterioso e em dia das mentiras, o seu mentor, Filipe Jorge, garantia tratar-se de informação fidedigna.

NA RÚSSIA, PARA COMBATER A PIRATARIA DOS DVD BAIXAM-SE PREÇOS

Vem hoje na edição internacional do Herald Tribune (jornal pertencente ao New York Times, editado em Paris e impresso em Madrid). Na Rússia, nove em cada dez DVD são cópias ilegais, enquanto com os CD a relação é de seis em dez. Por isso, a Columbia TriStar, uma divisão da Sony, baixou os preços para cerca de 10 dólares, metade do preço habitual. Também a Warner Home Video, pertencente à Time Warner, desceu os preços na ordem dos 15 dólares. Contudo, filmes como “Brother Bear” são vendidos nos mercados de rua por apenas a 4 dólares e de qualidade quase perfeita. Também “A paixão de Cristo”, de Mel Gibson, já circula em cópias pirateadas no bazar de Gorbuskha, ao mesmo valor de 4 dólares! Para além de legendas em francês e inglês, as cópias vêm também nos caracteres cirílicos do russo.

As multinacionais implantadas naquele país esperam que a baixa de preços leve os russos a comprarem de preferência material com licença. A Columbia TriStar tem uma fábrica próxima de Moscovo, onde tem editado filmes como “Bad Boys 2”, “Big fish” e “S.W.A.T.”.

NEWS CORP., DE MURDOCH, ESTÁ PARA SE FIXAR NOS STATES

A notícia também vem na edição de hoje do International Herald Tribune. Rupert Murdoch, a quem o jornalista Kenneth N. Gilpin chama de mamute dos media globais, tem a sua base de negócios na Austrália desde 1949, ano em que o seu pai começou a comprar jornais daquele país. Contudo, Murdoch (73 anos e recentemente pai de duas gémeas) vive nos Estados Unidos desde os anos de 1970, tornando-se cidadão americano desde 1985. Mais de 75% dos negócios e lucros da News Corp. são gerados neste país de acolhimento.

A mudança definitiva da empresa da Austrália (de Adelaide, onde tem a sua sede central) para os Estados Unidos trará novidades em termos de accionistas. É que, explica o jornalista, tem havido tensões relativamente aos direitos de voto de accionistas de referência, que a mudança anulará. Mas o timing para a “deslocalização” foi adiado, devido à recente compra da DirectTV, a companhia de televisão por satélite.

A News Corp. possui muitos interesses editoriais no Reino Unido, bem como a Sky Italia, a Sky Latin America e a BSkyB e opera com satélites na Ásia. Nos Estados Unidos, tem o The New York Post e a rede de televisão Fox, que produz filmes e shows como os “Simpsons”.

A INTERNET SURGE COMO TERCEIRO MEDIA MAIS POPULAR NA HOLANDA

Aumenta o interesse dos holandeses pela internet como fonte de notícias e de entretenimento, segundo uma sondagem a 1200 pessoas naquele país. Assim, após a televisão (39%) e a rádio (37%), seguem-se como fontes de informação a internet (17%), os jornais (9%) e as revistas (4%). A oferta de maior largura de banda na internet contribuiu para este sucesso (retirado do sítio Expatica).

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