Mandrake o mágico iniciou a sua aventura em 1934. Foi criado por Lee Falk durante a Grande Depressão (após a crise económica de 1929), quando se pretendia que a banda desenhada de aventuras contribuísse para a construção de uma moral nova, que elevasse de novo o espírito americano.
O mágico, com capa, cartola e bigode, tornar-se-ia um das mais conhecidas personagens de banda desenhada (comics), com as suas tiras editadas em jornais de todo o mundo (imagem retirada do sítio Big Little Book). Em Portugal, é exemplo o Jornal de Notícias (Porto), que edita as suas estórias desde 1978, e referiu os 70 anos de Mandrake no passado dia 11, em texto assinado por F. Cleto e Pina. Mandrake o mágico usa um poder lendário de hipnotismo e ilusão para combater o crime, seja aqui como no espaço imaginário interplanetário. Curiosamente, surgiram outras figuras de mágicos na banda desenhada mas nenhuma teve o êxito e perdurou no tempo como este.
Outro pormenor a salientar é que Mandrake foi a primeira banda desenhada multirracial, dado que teve, desde o princípio, a acompanhá-lo o gigante Lotário, primeiro como fiel servidor e depois como assistente e amigo. E, como nas outras bandas desenhadas – e até no cinema –, teve sempre uma namorada, a encantadora e exótica princesa Narda. Sem se notar o envelhecimento até hoje, Mandrake foi desenhado, como se escreveu em cima, por Lee Falk, mas passou a tarefa ao artista Phil Davis, responsável pelas tiras até 1964, quando faleceu. Fred Fredericks passou a desenhar Mandrake e, desde 1999, com o desaparecimento do próprio Falk, também o argumento.
Mandrake foi visto na televisão em 1939 (mesmo no arranque do meio, nos Estados Unidos) e no cinema em 1942. Mais recentemente voltou à televisão, acompanhado por outros heróis dos comics.
Sem comentários:
Enviar um comentário