LAWRENCE GROSSBERG
Texto para análise na aula de amanhã de Públicos e Audiências: Lawrence Grossberg (1992/2003). "Is there a fan in the house?: the affective sensibility of fandom". In Lisa A. Lewis (ed.) The adoring aundience. Londres e Nova Iorque: Routledge
Grossberg (1992/2003: 52) explica que os fãs lutam pelo modo como um texto se liga às suas experiências de vida, e não tanto o que ele significa [fotografia retirada do sítio da Kansas State University]. Segundo ele, estuda-se o modo como um dado texto é usado, é interpretado, como funciona para as suas audiências. Estas (re)criam constantemente o seu ambiente cultural, são audiências activas, mas também estão conscientes do modo como são manipuladas pelas estruturas de poder e domínio. Além disso, a audiência da cultura popular não se concebe como entidade homogénea singular. As audiências e os textos estão continuamente a ser refeitos.
O fã, que se relaciona com o texto cultural, opera no domínio do afecto, do sentimento, da integração (versus discriminação). Diz Grossberg (2003: 58): os fãs dividem o mundo cultural entre Nós e Eles. O fã discrimina entre o seu raio de acção e o que está para além dele (Fiske, 2003: 34). Há uma distinção social entre a comunidade de fãs e o resto do mundo, fortemente marcado e identificado. Este mundo cultural dos fãs constrói momentos de identidade estáveis (Grossberg, 2001: 59). Mas a categoria de fã não existe do mesmo modo em todas as situações históricas. O fã é compreendido historicamente numa relação face à cultura.
Lawrence Grossberg é professor de Estudos de Comunicação na Universidade da Carolina do Norte (Chapel Hill) e catedrático da comissão executiva do programa universitário em Estudos Culturais. Ele é um dos investigadores principais dos estudos culturais americanos. Da sua bibliografia consta Dancing in Spite of Myself: Essays in Popular Culture (1997), Bringing It All Back Home: Essays in Cultural Studies (1997) e MediaMaking (1998). É co-editor de livros como Cultural Studies (1991), Sound and Vision (1993) e The Audience and its Landscapes (1996), assim como do jornal Cultural Studies.
Pode ler um texto de Grossberg no sítio Culture Machine.
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