O VÓRTICE DA COMUNICAÇÃO SOCIAL PORTUGUESA
De repente, parece ter sido tudo posto em causa. Fernando Lima, director do Diário de Notícias há cerca de um ano, demite-se, após dias agitados no jornal. A notícia na página 52 e a nota da direcção na última página da edição de hoje - após o silêncio dos dias anteriores - dão conta dessa grande tensão. Marcelo Rebelo de Sousa, hoje na audição na AACS, disparou em vários sentidos. Eu fixei um deles, a onda de choque que irá atingir o director de programas e informação da TVI, não de modo directo mas de forma enviesada (estou com uma grande curiosidade em ver o noticiário das oito). A estação pública de televisão em "exame" realizado pelo Governo (depreendo isso pelas notícias lidas na última semana). Fernando Ulrich, do Banco BPI, entidade que detém 2,32% da PT, diz que ainda não apareceram propostas interessantes de compra do sector de media deste grupo.
Ou seja, um laborioso plano de equilíbrio entre vários agentes sociais (leia-se: grupos económicos dos media) - quer se goste ou não do peso que têm no conjunto dos media nacionais - está a ameaçar ruir. Ou a reconfigurar, o que também é interessante. Apesar das capas das últimas edições do Expresso, rodeadas de fontes anónimas - como tem chamado a atenção Manuel Pinto do blogue Jornalismo e Comunicação -, o grupo Impresa parece ser o único a escapar destas mudanças e atitudes em tempo vertiginoso. Sem falar na Cofina.
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