segunda-feira, 8 de novembro de 2004

DIÁRIO DE NOTÍCIAS

Concordo com o que Manuel Pinto escreveu no seu blogue Jornalismo e Comunicação hoje sobre o artigo de Bettencourt Resendes. Deve ser guardado.

Mas acrescento o seguinte: Resendes não assinou o texto como jornalista mas como vice-presidente da Lusomundo Media e administrador editorial do grupo (ao lado de Luís Delgado, que também não usa a habitual identificação de jornalista mas a de Presidente executivo da Lusomundo Media). As designações fazem a diferença. Ainda acrescento que Resendes rejeita a relação entre os casos Marcelo e Diário de Notícias - a questão é que eles aconteceram na mesma ocasião e os seres humanos têm um hábito de associar acontecimentos, como se fossem causa e efeito uns dos outros. O próprio Resendes escreveu sobre Marcelo num momento em que se deveria exigir silêncio ou prudência (por causa do seu jornal). Finalmente, há uma frase lapidar: "O Diário de Notícias viveu um ano difícil e não conseguiu inverter uma tendência que, deve reconhecer-se, vinha já de um passado recente". Era então Resendes o principal responsável do jornal - fica-lhe bem esta humildade em reconhecer falhas.

Agora estou com Bettencourt Resendes quando ele atira justíssimas setas a media e a jornalistas: Público, Expresso, José António Saraiva. Diz-se mal da casa alheia sem se olhar para dentro. E saúdo, como o fez Manuel Pinto do blogue acima citado, logo de manhãzinha, o título do texto do provedor José Carlos Abrantes. Longa vida ao Diário de Notícias!

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