REVISTA NUESTRO TIEMPO
Trata-se de uma publicação da Universidade de Navarra (Pamplona), agora a fazer cinquenta anos.
Neste número (601-602, de Julho-Agosto de 2004), retiro algumas ideias do artigo de Alfonso Sanchéz-Tabernero, director da Faculdade de Comunicação daquela universidade, e com o título Los medios de comunicación y la sociedad del futuro. Em quadro de elevado interesse, ele elenca 24 pontos para não se perder no mercado europeu de comunicação.
1) heterogeneidade no sector de imprensa diária (alto consumo no norte da Europa e baixo consumo no sul do continente),
2) homogeneidade no sector da televisão comercial,
3) crise da televisão de assinatura,
4) desenvolvimento das produtoras independentes de televisão,
5) liberalização do sector da rádio,
6) debilidade económica das revistas,
7) domínio norte-americano na indústria do cinema,
8) incerteza quanto aos modelos de negócio da internet,
9) crise em dois sectores com grande paralelismo: música e indústria editorial,
10) instabilidade no mercado publicitário,
11) concentração e internacionalização,
12) procura de maior eficiência empresarial (caso de reengenharias, alianças, economias de escala, controlo de custos),
13) entre outras razões, o poder político continua a pensar que as eleições se ganham nos media, controla os media de modo excessivo, força uma desnecessária politização de conteúdos,
14) os media parecem servir cada vez mais os interesses das empresas proprietárias,
15) debilidade da figura do produtor de conteúdos (jornalistas, guionistas e criativos publicitários convertem-se em trabalhadores por contra de outrém),
16) maior interesse dos gestores em ter boas equipas profissionais,
17) crise ética,
18) a proliferação da oferta obriga a acautelar a protecção do valor das marcas,
19) deslumbramento empresarial pela inovação tecnológica,
20) mudanças na propriedade (de empresas familiares a corporações cotadas na bolsa),
21) desenvolvimento da imprensa gratuita,
22) crise de identidade das agências de notícia,
23) escassez de dimensão das empresas europeias face às americanas e japonesas,
24) ausência de um sistema público forte, relevante e com prestígio.
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