Em recente edição especial da Exame VIP (mês de publicação não identificado), há um texto que me chamou particular atenção. Trata-se de um tema dentro do conjunto dos aqui abordados: centros comerciais.
Como grande destaque do texto surge a referência a um novo conceito de centro comercial - o centro comercial de estilo de vida (lifestyles centers). Para além das lojas, escritórios e restaurantes, encontram-se espaços de cultura e lazer, como teatro, salas de cinema, uma biblioteca e uma ludoteca.
E compara-se o Victoria Gardens - nome que remete para um passado britânico faustoso - com o outlet de Alcochete. Para o articulista, Alcochete também combina consumo com lazer. Porém, em Alcochete não há biblioteca e os produtos vendidos não são de primeira escolha como nas lojas de centros comerciais clássicos como o Colombo ou o Vasco da Gama. Nem sequer tem livrarias como a FNAC.
Há, pois, alguma distinção a fazer entre um centro comercial de estilo de vida e o outlet Freeport de Alcochete. Além disso, convém distinguir um tecido social e urbano antigo, feito de malhas e de relações que se estabelecem ao longo do tempo, ampliando e recuando, inovando ou mantendo um figurino tradicional - que são as áreas comerciais das cidades antigas - com estas cidades artificiais, onde após o encerramento das lojas paira o silêncio e onde não se vêem pessoas. O lazer não é o descanso ou o sossego, mas tão só o consumo. Portanto, distinguir lazer e consumo não tem propriamente razão de ser. Os centros comerciais são locais de consumo - alimentação, roupa e produtos de higiene, cinema e vídeo (produtos finais ou equipamentos) - em que ruas ou praças, árvores ou peças arquitectónicas nos lembram as cidades antigas.
Leitura: Exame VIP. Directora: Isabel Canha. Preço: €4,90. 132 páginas. Pertence ao grupo editorial Edimpresa
O motivo foi o lançamento, no mês passado, do centro comercial Victoria Gardens, na cidade californiana de Rancho Cucamonga. Começa assim o texto não assinado (p. 14): "Este centro comercial é constituído por 64 quarteirões de lojas, ou seja, quase 650 mil metros quadrados de área. É um centro comercial que pode levar dias a ser percorrido, é cortado por oito alamedas com passeios largos e semáforos, terá vários jardins e uma praça central" [imagem retirada do sítio Rancho Cucamonga].
Como grande destaque do texto surge a referência a um novo conceito de centro comercial - o centro comercial de estilo de vida (lifestyles centers). Para além das lojas, escritórios e restaurantes, encontram-se espaços de cultura e lazer, como teatro, salas de cinema, uma biblioteca e uma ludoteca.
E compara-se o Victoria Gardens - nome que remete para um passado britânico faustoso - com o outlet de Alcochete. Para o articulista, Alcochete também combina consumo com lazer. Porém, em Alcochete não há biblioteca e os produtos vendidos não são de primeira escolha como nas lojas de centros comerciais clássicos como o Colombo ou o Vasco da Gama. Nem sequer tem livrarias como a FNAC.
Há, pois, alguma distinção a fazer entre um centro comercial de estilo de vida e o outlet Freeport de Alcochete. Além disso, convém distinguir um tecido social e urbano antigo, feito de malhas e de relações que se estabelecem ao longo do tempo, ampliando e recuando, inovando ou mantendo um figurino tradicional - que são as áreas comerciais das cidades antigas - com estas cidades artificiais, onde após o encerramento das lojas paira o silêncio e onde não se vêem pessoas. O lazer não é o descanso ou o sossego, mas tão só o consumo. Portanto, distinguir lazer e consumo não tem propriamente razão de ser. Os centros comerciais são locais de consumo - alimentação, roupa e produtos de higiene, cinema e vídeo (produtos finais ou equipamentos) - em que ruas ou praças, árvores ou peças arquitectónicas nos lembram as cidades antigas.
Leitura: Exame VIP. Directora: Isabel Canha. Preço: €4,90. 132 páginas. Pertence ao grupo editorial Edimpresa
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