terça-feira, 28 de dezembro de 2004

REVISITANDO A QUINTA DAS CELEBRIDADES

Há apresentadoras(es) de televisão que seguimos a carreira com interesse. Outros nem tanto. Mas importa realçar que são figuras que visitam regularmente os nossos lares, sejam ou não convidados. E, por isso, temos de prestar atenção ao que fazem ou dizem, pois os seus gestos podem ser repetidos e seguidos como modelos.

seleccoes.JPGVem isto a propósito da entrevista que Júlia Pinheiro dá no último número da revista Selecções Reader's Digest (Janeiro 2005), trabalho bem conduzido pela jornalista Anabela Mota Ribeiro e com fotografias de Augusto Brázio.

Para além de aspectos mais relacionados com a vida familiar e privada da apresentadora da Quinta das celebridades, o cerne é, para mim, tudo o que Júlia Pinheiro diz sobre o programa da TVI. Diz ela: "O que ficou provado com a «Quinta» é que as pessoas se agrupam na procura das afinidades. Aquilo de que eu gosto, de que tu gostas, do que são as nossas experiências passadas. Com o passar do tempo, logo a seguir às afinidades, vêm as diferenças. Tudo o que se construiu numa primeira teia começa a rebentar e aparecem outras cumplicidades, que têm a ver com o carácter, a capacidade de tolerância, a confiança".

E, um pouco à frente, conclui o seu raciocínio: "Provavelmente, o que vai acontecer no final do jogo, como na vida, é que as pessoas com quem simpatizamos muito, mas que não conhecemos muito bem, quando temos oportunidade de estar perto acabamos por não gostar delas".

Júlia Pinheiro fala da sua forma de estar na vida - muito proactiva - e que levou para a Quinta enquanto apresentadora: "Sou muito espontânea, nada do que digo está escrito. Sei que quando as coisas me saem na hora podem resultar bem". E lembra a história do burro Pavarotti, contando: "A ideia não é minha, é da Gabriela Sobral [produção], e eu desenhei um bocadinho o que o burro ia dizer. estávamos excitadíssimas por causa do Schrek e o burro foi conseguido para a muidagem. Resultado: quando chego à TVI, tenho uma fila de meninos, os filhos dos funcionários todos da TVI, os amigos dos amigos dos funcionários, para ver o Pavarotti".

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