domingo, 13 de fevereiro de 2005

TARNATION

O filme de Jonathan Caouette é muito triste (por exemplo, quando o autor/realizador mostra a decadência mental da sua própria mãe, Renee, no momento em que canta e brinca com uma pequena abóbora). Mas, para além da história autobiográfica e de uma estética distinta da cinematografia dominante, há um aspecto que quero aqui realçar: o uso das tecnologias no filme.

Caouette, que filmou a sua vida e a da sua família disfuncional desde os seus nove anos, reuniu muito material que, em 2003, aos 30 anos, resolveu organizar. Fez 88 minutos de filme das cerca de 160 horas que tinha, usando filmes Super-8, Betamax, VHS, Hi-8 e Mini-DV, e mesmo fotografias, misturadas no computador, o que dá à fita uma certa irrealidade. Colou ainda excertos de emissões de televisão e músicas da época, parecendo, por isso, um documentário.

Sem comentários: