domingo, 3 de abril de 2005

A MINHA LEITURA DO JORNAL DE NOTÍCIAS DE HOJE

De particular relevo a página do provedor do leitor, de Manuel Pinto. Sobre as notícias da venda do Jornal de Notícias (e de outros media), escreve que os leitores precisam de ser esclarecidos de todo o processo: "Entendo que a vida do jornal, todas as opções que condicionam ou podem condicionar a informação diariamente difundida, são matéria de interesse para os que encontram neste jornal uma companhia e um bordão. A relação de confiança e a fidelidade tantas vezes invocada também se constroem nestas aparentemente pequenas coisas. O jornal precisa de falar mais de si mesmo aos seus leitores. [...] Conviria que essas «altas esferas» se convencessem de que os que compram e lêem o jornal não são estatísticas e, pelo contrário, tendem a ser, a cada dia, mas exigentes".

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Dá gosto ler as páginas deste professor de jornalismo da Universidade do Minho, antigo jornalista do periódico onde exerce o cargo de provedor e um dos fundadores do Centro de Formação de Jornalistas (Porto), que esteve por detrás da constituição do curso de jornalismo naquela cidade. Em especial quando não se coibe de chamar a atenção para as cúpulas dirigentes e não apenas para uma menos feliz peça de um jornalista. Sem esquecer que uma das principais razões das cartas dos leitores, "para além das queixas e observações críticas sobre o conteúdo do JN, um frequente motivo de reclamação [...] refere-se aos produtos de marketing que o jornal distribui e vende, juntamente com as notícias e a publicidade".

Ao contrário de outros provedores noutros jornais, neste seu texto, Manuel Pinto encara o jornal como composto por notícias, publicidade e produtos de marketing, a "que a empresa não tem ainda suficientemente cuidadas as portas para esse tipo de reclamações ou simples pedidos de informação".

Casa da Música

casadamusica.JPGOntem, o arquitecto Rem Koolhaas abriu a Casa da Música a cerca de meia centena de jornalistas convidados para uma visita guiada ao seu interior, escreve José Miguel Gaspar (com imagem de José Mota) [a imagem ao lado foi tirada por mim em Dezembro último ao exterior do edifício].

Lê-se na peça: "O coração da Casa começa no grande auditório dos 1100 lugares de veludo e prata, imenso espaço minimalista raiado a ouro e tigre, com dois órgãos pendurados no alto das paredes em provocação barroca. A sala é uma «shoebox» com design, e já tem um ovni: um painel acústico acrílico suspenso sobre o palco que receberá Lou Reed na festa de 14" (dia da sua inauguração oficial). À Casa da Música, o mesmo arquitecto diz que é incatalogável.

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Há um problema na Casa da Música, que devia ter sido concluido em 2001 para a Porto capital europeia da cultura: o edifício-sede do Banco Português de Negócios, que nascerá nas traseiras daquela e que fecha o campo de visão até à Foz (do Douro). Mas o arquitecto diz que há uma solução para transformar o projecto do banco. Esperemos que consiga.

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Rádio Festival

Diz quem a ouve que é a rádio mais pimba do Porto. Curiosamente, ela foi comprada recentemente por Luís Montez, que a juntou a um grupo com projectos muito distintos como as rádios Oxigénio e a Radar.

O certo é que teve, em 2004, um share de 8,6% na região onde funciona, o que representa a maior fatia de audiência das rádios locais em todo o país. Por isso, não é de admirar que decorra esta festa no Palácio de Cristal (pavilhão Rosa Mota), com muitos cantores populares. Sem ser especialista nesses cantores e bandas, retiro o nome do conjunto Maria Albertina, que tem uma longa existência e uma história de êxitos populares.

1 comentário:

Anónimo disse...

é curioso que o antigo dono da festival,tenha apresentado queixa contra montez na AACS e até tenha publicado comunicados/anuncios pagOs, no expresso,24 ,correio da manhã, de sábado, a dizer que montez o traiu e que pela primeira vez não ia à festa
fm