segunda-feira, 23 de maio de 2005

CIDADE CRIATIVA (III)

[continuação da mensagem de 19 de Maio]

c) Culturgest. Fica no edifício sede da Caixa Geral de Depósitos (CGD), num bairro antigo e rico de Lisboa, e com muito bons acessos: eixo Av. de Roma/Praça de Londres/Av. Guerra Junqueiro; Praça do Areeiro/Av. João XXI/‘Via Venetto’; Campo Pequeno/Palácio das Galveias, Av. República/Saldanha e S. João de Deus/Hotel Holliday Inn. Tem pólos universitários e de ensino superior (Universidade Nova de Lisboa e Instituto Superior de Formação Bancária) e perto de outra instituição cultural de grande prestígio (Gulbenkian).

Assim, a Culturgest insere-se: 1) num bairro criativo, 2) com ambientes diferentes estimulantes, 3) constituído por vários cenários, 4) e componentes culturais, que, 5) ao mesmo tempo, geram emprego.

d) Danças na cidade. Trata-se de uma associação cultural sem fins lucrativos que promove actividades e iniciativas para o desenvolvimento da dança contemporânea portuguesa no contexto internacional.

Podemos dividi-la em: 1) criação, cultura e tecnologia, com edição de vídeos e livros sobre dança e artes do espectáculo e edições online, 2) apoio à criação, em Portugal e no mundo, com cedência do estúdio de dança, co-produção de obras e organização de residências de formação. O Festival Danças na Cidade decorreu nos anos de 1993 a 1997, 1999, 2002 e 2004, em vários locais de Lisboa. Objectivo: espaço de encontro entre criadores nacionais e internacionais, pesquisa coreográfica, troca artística, com encomenda de novas peças, organização de workshops e seminários. Mais-valia: acontecimento que funciona como ponto de referência da dança portuguesa.

Análise SWOT

Dentro de uma análise SWOT (pontos fortes, pontos fracos, oportunidades e ameaças) relativamente ao trabalho da turma, em especial o desempenho do professor, destaco os seguintes pontos:

I) Pontos fortes: 1) trabalho de conceitos como indústrias criativas, bairro criativo, cadeia de valor – embora ainda numa fase experimental, sem grande sedimentação empírica, 2) congregação de esforços da turma, 3) conjugação de saberes diversos: geografia, economia, cultura, antropologia, sociologia, história, 4) desenvolvimento de ideias – ainda não tornadas conceitos – de produção alternativa e de reciclagem (reflectindo um estádio pré-pós industrial), e 5) uso de metodologias variadas, tais como entrevistas, observação etnográfica, análise documental.

II) Pontos fracos: 1) ausência de análise de diversas áreas das indústrias criativas e culturais, tais como: televisão, produção discográfica, festivais de cinema, produção de cinema e vídeo digital , joalharia e outras artes criativas, 2) falta de dados económicos e de cadeia de valor, 3) falta de uma grelha comum de análise, 4) falta de articulação dos vários sectores estudados (caso do Chapitô como formador de artistas a colocar dentro da cadeia de valor do cinema e da televisão), 5) ausência frequente de bibliografia, e 6) ênfase nem sempre conseguida das tecnologias electrónicas e digitais como produtoras de actividades e promotoras de acontecimentos.

III) Oportunidades: 1) desenvolver projectos mais solidificados, 2) criar possibilidades de publicar pequenas monografias ou artigos em página da internet ou em revista em papel.

IV) Ameaças (sem efeito no presente projecto).

Trabalhos dos alunos: 1) Patrícia Bica, Chapitô, promoção sócio-cultural a partir da prática artística; 2) Joana Pinto, Dançar a cidade; 3) Paulo Cavaleiro, A Galeria Zé dos Bois como exemplo de cultura de vanguarda e alternativa; 4) Isabel Aguillar, Lisboa, cidade educadora; 5) Paula Perfeito, FNAC - uma aliança entre o comércio e a cultura; 6) Raquel Leal, Bairro Alto; 7) Soraia Bragança, A Culturgest na cidade criativa; 8) Pedro Correia, Do Terreiro do Paço à Praça do Império e a Festa da Música no CCB; 9) Mário Borges, Frequências de Lisboa.

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