sexta-feira, 6 de maio de 2005

CONSUMOS NOS GRANDES ESPAÇOS COMERCIAIS

Aluna do mestrado de Ciências da Comunicação na Universidade Católica, Paula Perfeito trabalhou um texto sobre os consumos em grandes espaços comerciais. Depois da introdução teórica, ela escolheu o El Corte Inglés como estudo de caso.

Após o emblemático Amoreiras Shopping (1985), desenho saído do ateliê do arquitecto Tomás Taveira, e já objecto de apresentação neste blogue, Lisboa assistiu ao lançamento de outros espaços (Colombo, 1997; Vasco da Gama, 1999). Os grandes centros comerciais estenderam-se a outras cidades do país, com designações como Coimbra Shopping, Arrábida Shopping, Fórum Aveiro, Norte Shopping e Almada Fórum. Tal movimento provocou alterações no urbanismo comercial e alterações nos comportamentos de consumo.

O El Corte Inglés tem uma filosofia diferente. Trata-se - seguindo a classificação da Associação Portuguesa de Centros Comerciais - de um grande armazém com a característica de stand dentro de uma grande feira, como a FIL, ou do típico armazém da segunda metade do séc. XIX. Não é como um centro comercial, com lojas, portas e montras, mas também não se equipara a um hipermercado, pois está organizado espacialmente segundo marcas dentro de um tipo de bens.





A aluna escolheu o método de entrevistas para caracterizar melhor o El Corte Inglés. Assim, para Catarina Cerejo, médica cirurgiã de profissão, as maiores qualidades vão para a variedade de produtos, o atendimento personalizado dos funcionários e o requinte do ambiente. Já Francisco Enes, empregado bancário, frequenta o armazém para fazer compras para casa e encontra qualidade e bens que são raros ou inexistentes noutros sítios. Quanto a Susana Araújo, estudante de arte e design, frequenta o El Corte Inglés para ir ao cinema ou comprar artigos da sua área, embora os ache caros [observação: os nomes dos entrevistados são fictícios].

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