Aluna do mestrado de Ciências da Comunicação na Universidade Católica, Paula Perfeito trabalhou um texto sobre os consumos em grandes espaços comerciais. Depois da introdução teórica, ela escolheu o El Corte Inglés como estudo de caso.
Após o emblemático Amoreiras Shopping (1985), desenho saído do ateliê do arquitecto Tomás Taveira, e já objecto de apresentação neste blogue, Lisboa assistiu ao lançamento de outros espaços (Colombo, 1997; Vasco da Gama, 1999). Os grandes centros comerciais estenderam-se a outras cidades do país, com designações como Coimbra Shopping, Arrábida Shopping, Fórum Aveiro, Norte Shopping e Almada Fórum. Tal movimento provocou alterações no urbanismo comercial e alterações nos comportamentos de consumo.
O El Corte Inglés tem uma filosofia diferente. Trata-se - seguindo a classificação da Associação Portuguesa de Centros Comerciais - de um grande armazém com a característica de stand dentro de uma grande feira, como a FIL, ou do típico armazém da segunda metade do séc. XIX. Não é como um centro comercial, com lojas, portas e montras, mas também não se equipara a um hipermercado, pois está organizado espacialmente segundo marcas dentro de um tipo de bens.
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A aluna escolheu o método de entrevistas para caracterizar melhor o El Corte Inglés. Assim, para Catarina Cerejo, médica cirurgiã de profissão, as maiores qualidades vão para a variedade de produtos, o atendimento personalizado dos funcionários e o requinte do ambiente. Já Francisco Enes, empregado bancário, frequenta o armazém para fazer compras para casa e encontra qualidade e bens que são raros ou inexistentes noutros sítios. Quanto a Susana Araújo, estudante de arte e design, frequenta o El Corte Inglés para ir ao cinema ou comprar artigos da sua área, embora os ache caros [observação: os nomes dos entrevistados são fictícios].
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