DE TANTO BATER O MEU CORAÇÃO PAROU
O filme de 2005 - urso de prata do Festival de Berlim (melhor música) - é de Jacques Audiard (França) e o papel principal está entregue a Romain Duris.
Da sinopse do filme retiro o seguinte: Thomas (Tom) [Romain Duris], de 28 anos, segue a profissão do pai [Niels Arestrup], ligado ao imobiliário. Um encontro leva-o a pensar que pode tornar-se pianista, como a mãe o fora. Prepara uma audição com uma jovem pianista [Linh-Dan-Pham] acabada de chegar da China e que não entende o francês. No filme, há violência mas também momentos de ternura, numa história que se equilibra entre a continuação de uma vida e a busca de um destino diferente.
Na base do filme está outro filme, Fingers, de James Toback (1978), história da mafia novaiorquina que Audiard actualizou para a Paris de hoje, em que o agente imobiliário expulsa violentamente inquilinos ilegais de prédios em destruição ou reconstrução. No Y (caderno do Público), Kathleen Gomes escreve que Tom é um "«easy rider» de casaco de cabedal, botas de «cowboy urbano", "pinta de escroque, escroque que pinta" [no caso: que toca piano]. Claro que a jornalista-crítica de cinema aponta baterias para o actor: "[Duris] é muito e é muito bom. Façam o favor de seguir o cometa".
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