PÚBLICOS DE CULTURA
No caderno "Actual" do Expresso de ontem, Jorge Martins, do Instituto Português do Livro e das Bibliotecas (IPLB), falou sobre públicos de cultura.
Comentou ele: "Há dez anos fez-se o grande estudo da iliteracia, fizeram-se estudos sobre hábitos de leitura, monografias sobre bibliotecas. Neste momento podemos dizer com alguma segurança que temos um panorama melancólico, onde 50 por cento da população portuguesa alfabetizada se encontra no nível mais baixo das competências de leitura. Mas na área do livro não temos estatísticas em Portugal".
Segundo a entrevista, o Observatório de Actividades Culturais (OAC) irá "desenvolver um plano periódico de audição", após análise com editores e livreiros. A estratégia do responsável do IPLB - não presente na última feira do livro em Frankfurt - é "criar públicos, o que pode significar, por exemplo, roubar públicos aos outros media, o que não significa canibalizar os outros media. A televisão pode fazer muitíssimo pelo desenvolvimento da leitura em Portugal. Os jornais já o fazem". O entrevistado lembra campanhas de outros países. Na Alemanha, foi lançada uma campanha recente com o slogan Choca os teus pais. Lê um livro; em Espanha está a haver o incentivo de ler nos transportes públicos, com o patrocínio dos transportadores.
Para Jorge Martins, aumentar públicos do livro é um desígnio nacional comum. Eu ficar-me-ia com uma palavra mais simples, a da prática da leitura como importante para o conhecimento. Fico à espera do que o responsável da área vai fazer especificamente.
1 comentário:
Na mesma entrevista: «Em termos de números, o IPLB anda a fazer há uns anos o levantamento das livrarias em Portugal. Até agora só contabilizou 500. (...).» O inacreditável não é só haver 500, mas sim a naturalidade com que se declara que a tarefa corre «há uns anos» ... Quantos mais serão precisos para um recenseamento completo?
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