FÁTIMA MENDONÇA
Tinha visto, no blogue Seta Despedida (de Alexandra Barreto), a indicação de uma exposição de Fátima Mendonça ("Assim... assim... assim... para gostares de mim"). Por isso, decidi pôr o computador em "Suspender", colocar um casaco e apenas atravessar os perigosos semáforos na saída da Av. João XXI para a Praça do Campo Pequeno (ou também chamada Marquês de Marialva) e entrar na Culturgest.
Do pequeno catálogo (há um maior), com texto de de Ruth Rosengarten, li: "Este é um lar de incansável actividade feminina, onde (o que é típico do mundo pictórico da artista) se fazem bolos e massas. Encomenda de bolos de dedinhos de morango, pronta, pode ler-se". Mas há uma óbvia crítica a um universo conotadamente feminino, caso do quarto forrado do chão ao tecto com uma mistura (certamente saborosa) de chocolate e baunilha no bolo mármore, para te receber e te agradar. Aqui já há uma evidente sedução.
Na realidade, fiquei logo com uma fome incrível. Solução: correr à pastelaria Namur e comprar um bolo para comer daqui a um bocado. Claro que os bolos de Fátima Mendonça são incomparavelmente melhores, ou, diria, mais agradáveis, pelo colorido e propostas visuais.
Fátima Mendonça nasceu em Lisboa (1964) e licenciou-se em pintura pela Escola Superior de Belas Artes de Lisboa (1990). Alguns títulos de exposições: "Gosto da minha casinha" (1999), "Eu tenho medo: lá, lá, lá, lá, lá..." (2001), "Para te fazer não tem nada que saber" (2002) e "Fátifashion - vestidos de lã e bolo" (2003).
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