PAGO OU GRATUITO? SIM, EU QUERO O EXPRESSO GRATUITO!
À pergunta de um dos textos do Expresso de hoje (a propósito do congresso sobre o melhor design dos jornais), eu respondo que quero o jornal gratuito.
No congresso designado ñho2, a tendência para a diminuição do formato dos jornais, a importância da forma das letras na visibilidade dos jornais e a (in)compatibilidade entre publicidade e conteúdos jornalísticos [isto é, notícias] foram temas da reunião, organizado pelo Expresso e pela secção espanhola da Society for New Design, conforme se lê na peça de Maria Teresa Oliveira, que assina as outras notícias sobre o evento e incluídas na mesma página.
Um dos temas, puxado para peça autónoma, é o da relação com os leitores, facilitada pela internet. Há jornais que convidam os leitores a enviar crónicas (com textos e fotos), caso de espectáculos musicais a que assistam. Um dos participantes, o subdirector do Expresso, Henrique Monteiro, embora se mostre a favor da participação dos leitores, alertou para o facto de a "ética profissional ter passado para o receptor", quando ela deve permanecer no jornal [espero produzir uma mensagem a esse propósito, ainda hoje].
Outro dos temas que a jornalista destacou foi o do futuro de cada jornal ser pago ou gratuito. A conclusão do painel que tratou do assunto, escreve Maria Teresa Oliveira, é que o futuro dos generalistas é a gratuitidade. Se os jovens (e os mais velhos) se habituaram a ver televisão e ouvir rádio sem pagar, porque não o mesmo sistema com os jornais? Claro que isto mereceria uma leitura e discussão mais profunda.
Deixo, porém, a minha proposta a partir de um cálculo: o caderno do Expresso onde vêm estas notícias tem 32 páginas; há anúncios que ocupam quatro páginas inteiras (cerca de 2146 centímetros quadrados), mais um conjunto de publicidade que preenche seis páginas (total: 12845,75 centímetros quadrados, se as minhas contas batem certo). Logo, há dez páginas de publicidade em 32, o que dá 31,25% do caderno, quase um terço do caderno. Um terço do jornal com publicidade pode torná-lo gratuito. Sim, eu quero o Expresso gratuito!
1 comentário:
O Expresso sem aquelas folhas gigantes impossíveis de ler e com menos publicidade: que sonho!
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