UM GUIA PARA O JORNALISTA-CIDADÃO?
Segundo o sítio Journalism.co.uk, em notícia de anteontem, escrita por Jemima Kiss, a união de sindicatos ingleses dos jornalistas está a discutir a questão do jornalismo-cidadão e as potenciais ameaças ao trabalho dos jornalistas freelance.
Nesse sentido, os sindicatos ingleses preparam-se para produzir um código de boas práticas para os jornalistas-cidadãos, baseado em textos da própria união sindical e dos códigos da Press Complaints Commission. A versão final, que se espera pronta em Dezembro, envolverá, pelo menos, dois assuntos fulcrais: segurança e exploração. Isto tem a ver com o conhecimento (ou desconhecimento) público dos direitos de autor, caso das fotografias republicadas.
A própria Jemima Kiss conta a história de uma participação sua numa discussão do jornalismo-cidadão, na passada segunda-feira, e que se lê também no sítio do Journalism.co.uk. É que há um receio crescente, entre os jornalistas freelancers, de perda de trabalho devido à produção de conteúdos por utilizadores ("user-generated content" - UGC). É que estes conteúdos são usados por sítios e media em geral como forma de substituir o conteúdo produzido por profissionais [ver texto abaixo "Pago ou gratuito? Sim, eu quero o Expresso gratuito!", em que há jornais que convidam os leitores a enviar crónicas (com textos e fotos), caso de espectáculos musicais a que assistam]. Existem, desse modo, receios que a indústria dos media promova a tecnologia de publicação telefone móvel-internet (que opera com qualidade através da banda larga) e aceite o trabalho gratuito destes produtores como forma de reduzir os custos gerais das empresas jornalísticas.
Claro que o jornalismo-cidadão envolve muitas acções e nem todas "roubam" emprego ou preenchem o estatuto profissional, como vídeos e fotografias colocados em sítios, fóruns de discussão e formas de jornalismo participativo como os blogues. Aliás, estas formas de produção de conteúdo inserem-se no espírito colaborativo da internet.
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