De três jornais que li hoje, o Público dedica meia página, o Diário de Notícias duas páginas e o El Mundo (Madrid) um caderno "Documentos" com oito páginas (mais uma na revista "El Cultural") aos 25 anos de morte de John Lennon, um dos músicos dos Beatles.

Galopim pega no tema por um lado simples: Lennon segundo as suas mulheres, Cynthia, a primeira, e Yoko, a segunda, ambas com livros sobre o músico. De Cynthia, que já escrevera uma biografia amarga, surge agora John, que está a ser um sucesso editorial. De Yoko, Memories of John Lennon, é um livro partilhado de desenhos, fotografias e poemas de John e Yoko, relatando a vida daquele desde a infância até à morte.
O caderno do El Mundo não é um documento muito interessante: refere a entrevista a Lennon recentemente desclassificada pela CIA, em que o cantor fala da vida desregrada dos membros da banda, conquanto tentassem passar para fora uma imagem limpa. Recolhe depoimentos de cantores e intelectuais espanhóis sobre a memória do beatle, incluindo a ministra da Cultura, Carmen Calvo, e uma análise assinada por Luis Eduardo Aute, que escreve o seguinte: "Acabo de ver a película que Martin Scorsese dedicou à maior glória de Bob Dylan, outro grande da música popular. É um excelente trabalho sobre a vida e obra deste criador, mas não pude deixar de me perguntar, vendo este documentário, que película fariam sobre Lennon". O documentário não seria, certamente, tão hagiográfico.
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