Emmanuelle Devos (no papel de Nora, dona de uma galeria de arte), Mathieu Amalric (fazendo de Ismaël, antigo marido de Nora e músico) e Valentin Lelong (no papel de Elias, o filho de Nora e "quase adoptado" por Ismaël) enchem o filme. O texto, assinado por Francisco Ferreira na "Actual" (Expresso) de 3 de Dezembro, aparece intitulado "Por um cinema impuro" e fala-nos do filme de Arnaud Desplechin realizado em 2004. Há, lê-se no texto, "qualquer coisa de misterioso sobre uma mulher que, por tanto amar os homens, constrói um muro de solidão à sua volta, num vaivém constante entre coisas extremas, como a tragédia e o burlesco".
O filme parece representar uma ruptura com o cinema de autor feito em França. O realizador diz identificar-se com Tarantino ou Eastwood, como surge na mesma peça do Expresso. De todo o modo, fica uma história cheia de densidade. E vi a sala do King, faz hoje uma semana, quase cheia, o que me alegrou.
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