
Das 146 páginas da agenda, elejo as últimas. Aí se fala do bazar da Graça, isto é, das pequenas lojas que existem naquele popular bairro de Lisboa. Como contraponto às frias lojas dos centros comerciais, os responsáveis da agenda elencam, entre outras, lojas como a "Morgadinha da Graça" (antiga casa de chás e cafés que virou mercearia) e a "Penalva da Graça" (típico restaurante e cervejaria de balcão corrido e montra com peixe fresco e marisco), sem esquecer o "ACF cabeleireiros" (de Fernanda Carvalho). E, quanto a temas de capa, a agenda salienta a exposição de Frida Kahlo (que eu vi em Santiago de Compostela, mas fica aquém da magnânime exposição de Londres do ano passado) e os dez anos de teatro no Chapitô.
A cultura merece um destaque crescente por parte das autarquias. Contudo, e devido a um período de menos folga económica, as actividades culturais sofrem um corte orçamental. Como se escrevia na revista "Actual" (Expresso) de 4 de Fevereiro, o orçamento da câmara de Lisboa atribuiu €21 milhões ao pelouro da Cultura, além de €10 milhões provenientes da EGEAC (Empresa de Gestão de Equipamentos e Actividades Culturais), totalizando menos €5 milhões que em 2005. Apesar desse constrangimento, o vereador da Cultura, Amaral Lopes, procura tornar possível um programa cultural a longo prazo, tendo o objectivo de criar hábitos de fruição artística e alargamento de públicos com destaque para o infantil e juvenil. Eu pensava que isto já estava a ser feito há muitos anos.
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