ANÚNCIOS DA TEMPORADA
As campanhas das cervejas estão mais cultas: agora falam da tradição conventual. Não sei se têm efeito nos consumidores, até pela grande rotação de oferta de sabores. Se calhar, cerveja é apenas cerveja, e nós não temos possibilidades de fixar toda a paleta de ofertas. Incluindo a edição de um milhão de garrafas. Ou será que o espírito de coleccionismo chegou às cervejas?
O blogueiro não acredita muito nisso. E se a minha impressão for verdadeira, indicamos o caminho traçado por Riel&Riel, em postal abaixo escrito, de que a publicidade pode não ter o efeito pretendido, com gastos desnecessários. Fixar uma marca ou produto é actividade complexa.
Destaco também a publicidade do centro comercial Colombo. Apesar da sua grandeza, o centro situado junto à segunda circular, do outro lado do estádio do Benfica, procura distinção. O conjunto das lojas é, assim, promovido com uma publicidade abrangente, ligada ao espectáculo e à cultura, incluindo música clássica e trabalho de palhaços. Uma oferta suplementar gratuita, numa altura em que o novo centro comercial de Loures parece conquistar alguma clientela ao Colombo. E a guerra entre centros comerciais está a alcançar um patamar mais melindroso, como escrevia ontem Abílio Ferreira no Expresso: dois centros comerciais do Porto (Norte-Shopping, da Sonae, e Parque Nacente, da Axa/BPN) envolveram-se em polémica após uma distribuição de folhetos a promover o segundo. Há ofertas interessantes, como espaços para carregar telemóveis ou baterias de automóvel, noites de animação e cartões de crédito com descontos.
Fica ainda outra publicidade, como a das revistas Auto Comércio e Mariana, da nova colecção de livros de arte a acompanhar o jornal Público, e dos sumos Compal e roupa interior DIM.
3 comentários:
Por acaso no caso das cervejas discordo claramente. Estive o ano passado na Bélgica, percorri a parte norte daquele país da Europa Central, e o número de cervejas é na ordem das centenas, sendo que é o primeiro produtor mundial e um dos maiores consumidores (creio que o segundo, depois da Alemanha). E ainda assim os belgas conhecem dezenas de cervejas, têm as suas preferidas, recomendam uma ou outra a partir do perfil traçado por cada um. No caso português, a variedade é tão escassa e o mercado está tão pouco segmentado que a potencialidade de novos produtos (e novas campanhas) é enorme. Aliás, esta ideia das cervejas de abadia tem a sua génese, precisamente, na Bélgica e nas suas cervejas trapistas. A adicionar a isto, tendo em conta a evolução da Sagres Bohemia no ano passado, por exemplo, em termos de vendas e penetração de mercado, os portugueses estão abertos à proposta de novos sabores, novos produtos, novas visões. É que cerveja não é só cerveja... Um abraço e continuação de bom trabalho
DIM não são perfumes, são meias e cuecas.
Obrigado, vou corrigir o que escrevi sobre a marca DIM.
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