TER OU NÃO UM BLOGUE, SEGUNDO ROLO DUARTE
Gostava muito mais das luminosas "Impressões digitais" nas sextas-feiras do Diário de Notícias (DNa) do que da crónica das quartas-feiras de Pedro Rolo Duarte.
A de hoje até é boa. Escreve ele sobre a estranheza, manifestada há dois anos atrás, de quando olhava pessoas como Pacheco Pereira ou Pedro Paixão a cultivarem blogues: "Percebia a lógica de os cidadãos comuns criarem espaços para manifestar as suas opiniões, mas não concebia que comentadores, cronistas, jornalistas, «perdessem tempo» a desabafar o que presumivelmente não escreviam nos meios que os acolhem".
Mas Rolo Duarte engoliu todas essas palavras, confessa o próprio. Agora, passa um "bom bocado do meu dia a saltitar de blogue em blogue, lendo o que pensam aqueles que respeito ou admiro, ou descobrindo talentos desconhecidos. Tenho a minha lista de favoritos. [...] A comunicação mudou, e a imprensa que se cuide - se se atrasar na adaptação a esta realidade vai ficar como eu, a ouvir em eco um sonoro «Dahh!»".
Ora, o que eu queria mesmo ler em Rolo Duarte era a sua análise a "capas que marcam" como esta de 16 de Dezembro de 2005. Por mim, Pedro Rolo Duarte pode abrir um blogue, desde que seja para continuar os seus textos sobre capas de revistas.
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