terça-feira, 28 de março de 2006

ESCRITA PARA TELEVISÃO

No passado sábado, Maria Lopes escrevia para o Público um texto sobre guionismo em televisão. O ponto de partida era que o mercado televisivo português está a ficar mais segmentado e especializado. E destacava o exemplo da TVI, mais voltado para o público feminino, os jovens e os idosos.

No mercado, existem quatro empresas de produção de textos mais conhecidas: Casa da Criação (nascida da NBP, e comprada pela Media Capital, da TVI, em 2002), Produções Fictícias (fundada em 1993), Dot Spirit (a que pertence, entre outros, Henrique Dias, marido de Teresa Guilherme, directora de ficção da SIC) e ScriptMakers (projecto de Rui Vilhena, brasileiro que está em Portugal há 12 anos), as duas primeiras mais antigas, as duas últimas de recente associação.

Se a TVI parece dominar actualmente o mercado, até pelo ranking de audiências ocupado por alguns programas (Morangos com açúcar III, Dei-te quase tudo, Fala-me de amor), a SIC teve um período de grande produção de novelas e filmes, com o projecto SIC Filmes, abandonado após o ano de 2001. E a divisão de trabalho das actuais empresas produtoras de guiões aponta para as seguintes características: humor nas Produções Fictícias, novelas na Casa da Criação, adaptação de sitcom e novelas nas duas empresas mais recentes, Dot Spirit e ScriptMakers.

Da notícia assinada por Maria Lopes, ressalto ainda uma ideia: a da dificuldade em arranjar guionistas que escrevam bem (e compreendam o tamanho das cenas ou o ritmo de encadeamento). Além da escassez de oferta de formação, os inquiridos no texto realçam o processo da escrita como algo infernal [ver entrada neste blogue em
3 de Fevereiro último]. A Casa da Criação tem oito pessoas para escrever Morangos com açúcar e seis guionistas para escrever Dei-te quase tudo.

3 comentários:

passarola disse...

Fala-se muito da necessidade de guionistas para as novas produções que vão surgindo para os canais privados. Enquanto aguardo desde Novembro do ano passado pela abertura do curso de guionismo na Lusófuna, não consigo chegar às empresas de produção. Não encontro contactos nem endereços para as duas mais recentes. Como pode um pretendente a guionista chegar a elas? é só por conhecimentos?

Anónimo disse...

Eu concordo com o comentário da passarola! O meu grande sonho era ser escritora de novelas! Mas sou jovem e não tenho contactos com esse meio. Logo tenho quase a certeza de que o meu sonho nunca se realizará! Mesmo porque, no nosso país só se vai a algum lado, com cunhas!

Anónimo disse...

Eu por outro lado bastou estar atento e fazer um workshop com o rui vilhena.
Adorei e agora ja enviei o curriculo.. e so ficar a espera :p